E, desse amor, o que tenho pra dizer?
Palavras não dão conta, são poucas, rarefeitas silenciam diante do novo, da alegria desse encontro
Acostumadas a repetir, a serem eloquentes diante da repetição, nas suas rezas viciadas, truques já descobertos
Ah, essas palavras que pulam aos borbotões quando domesticadas, sem desejo ou entrega
Agora, gaguejam, claudicam, titubeiam
Não sabem conjugar sujeito, verbo e objeto
Buscam nomes, apelidos, pronomes
Não sabem nomear
Não saem
Elas sofrem por não saber, mas sentem prazer
O prazer da descoberta diante da ausência das sentenças certas
Gozam com o estranho, com o lapso, com a falta
Sucintas, amam e ponto, final.
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